seique surpreendeu no seu momento polo singular enfoque do tema e polo difícil equilíbrio conseguido entre o privado e o público. A edição que agora vê a luz acrescenta, além de alguns capítulos que puxam de algum fio solto, uma nova perspetiva produto do distanciamento de Susana Sanches Arins a respeito da sua própria narração. Este exercício permite-lhe refletir sobre a receção do livro e sobre a natureza da sua narrativa, “uma narrativa em construção porque atrás das vozes vêm vozes e outras vozes hão de vir”, e sobre a sua receção. Tais comentários obrigam a redimensionar a conceção do seique como uma obra individual ao mesmo tempo que coletiva, familiar ao mesmo tempo que política e sólida ao mesmo tempo que viscosa, como viscosa é também a memória.
[do limiar de María Xesús Nogueira]
Prémio Narrativa da V Gala do livro Galego (2020)
O Júri valorou o exercício da memória pessoal e familiar e a projeção universal da mesma para compor um mosaico que se volve innovação estrutural e que o leitor tem que recompor, assim como a utlilização da oralidade na escrita.