Este livro analisa as mudanças da vida rural na Galiza durante a ditadura franquista e o processo de mudança de regime político. Recolhe experiências de repressão, de desigualdade e de luta, e situa a sua compreensão num quadro específico de relações sociais. Estratégias de sobrevivência e de solidariedade são significadas num contexto que exige a força de trabalho camponês continuar a ser para deixar de ser. A partir de testemunhos pessoais e da análise histórica, oferece-se uma visão abrangente de como a forma de organização social capitalista, no seu transformar-se, afetou profundamente a estrutura social, económica, política e cultural das comunidades rurais do país. De como, no continuar a ser e no deixando de ser, as comunidades camponesas empurraram e empurram os limites do possível.